terça-feira, 20 de setembro de 2011

Aula: Escalas da Equipe de Enfermagem



Escala de Pessoal de Enfermagem
-  É uma atividade complexa que dispende tempo e requer, da parte de quem a faz, conhecimento para desenvolvê-la de forma racional, assegurando que a assistência de enfermagem seja prestada durante 24 horas no contexto hospitalar ou durante o período de atendimento noutras instituições de assistência à saúde.   
-  Refere-se à distribuição dos elementos da equipe de enfermagem de uma unidade, durante todos os dias do mês, segundo os turnos de trabalho (manhã, tarde e noite).
-  É onde é registrado os horários de trabalho e também as folgas, férias e licenças dos elementos da equipe.
Pontos a serem considerados na elaboração da Escala Mensal
-  Conhecimento das leis trabalhistas que subsidiam a elaboração da escala.
  Ex: a) O trabalho noturno corresponde ao trabalho das 22h às 05h. A hora noturna equivale a 52 minutos e 30 segundos. Portanto, 7 horas noturnas = 8 horas diurnas (daí o porque do adicional noturno).
  b) Não é considerada falta ao serviço, até 15 dias, em caso de doença devidamente comprovada (atestado médico).
-  Conhecimento do regulamento da instituição, do regime do serviço de enfermagem e das atribuições dos elementos da equipe de enfermagem.
  Ex: A quantidade de trocas de plantão permitidas.
-  Conhecimento da duração semanal de trabalho do pessoal de enfermagem na instituição.
  Ex: 30h (12x60h), 40h(12x36h), não podendo ultrapassar 44 horas semanais.
-  Conhecimento das características da clientela, da dinâmica da unidade e da equipe de enfermagem.
   - Humanização na elaboração da escala.
Determinação de um cronograma para a elaboração da escala
-  Até que dia do mês os funcionários podem solicitar folgas;
-  O período para elaboração da escala;
-  A data de entrega para a chefia do serviço de enfermagem;
-  A data em que a escala, aprovada pela chefia do serviço de enfermagem, deverá voltar a unidade, a fim de ser afixada.
Recomendações na elaboração da escala
-  Nome completo de cada funcionário e cargo que ocupa;
-  Usar código: M (manhã), T (tarde), SD (serviço diurno) ou PL (plantão durante o dia), SN (serviço noturno), F (folga) e Fe (férias).
-  Ressaltar na escala sábados, domingos e feriados;
-  Certificar-se de que o número de folgas correspondem ao mês;
-  Evitar acúmulo de folgas de um mês para outro;
-  Observar retorno de férias em dia útil;
-  Verificar se há equilíbrio em número e qualificação profissional do pessoal nos plantões;
-  Procurar distribuir folgas de forma equitativa entre os funcionários;
-  Consultar escala anterior para verificar o último plantão que o funcionário trabalhou.
Escala de Férias
-  As férias devem ser distribuídas racionalmente para o bom andamento do serviço e satisfação do pessoal.
-  Após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o funcionário terá direito a férias.
-  Caso não tenha faltas, terá direito a 30 dias de férias corridos. A medida que tiver faltado, o número de dias de férias diminuirá proporcionalmente.
-  A concessão de férias será participada ao funcionário com antecedência mínima de 30 dias.
-  A época de concessão de férias será a que melhor atenda aos interesses do empregador, porém sem perder de vista os aspectos relacionados à humanização.
Escala Diária ou de Atividades
-  Objetiva dividir as atividades de enfermagem, diariamente, de maneira equitativa, entre os elementos da equipe, a fim de garantir que a assistência de enfermagem seja prestada e de evitar sobrecarga para alguns funcionários e ociosidade para outros.
-  A escala diária deverá ser elaborada pela enfermeira responsável pelo plantão.
-  A escala de atividade depende do método de trabalho utilizado pelo serviço de enfermagem, ou seja, pode ser funcional cujo enfoque reside na distribuição de tarefas. Na assistência integral, a escala será por pacientes, aos quais serão prestados todos os cuidados ao longo do plantão  
Vamos tentar construir uma escala?
-  Num CTI de 06 leitos, com 16 enfermeiros e 13 técnicos de enfermagem. Sendo a jornada de trabalho de 30 horas semanais.Qual seria a sua sugestão de escala para o CTI funcionar com assistência de enfermagem contínua nas  24h?
   Deve ter alguém de férias, pois em todos os meses tem afastamento em função de férias.
-  Lembrete:diarista: manhã (M=7:00 às13:00h) e tarde(T=13:00 às 19:00h) de 2ª a 6ª feira. Numa jornada semanal de 30h, os plantões devem ser de 12x60h (SD=7:00 às 19:00h e SN=19:00 às 7:00h)

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Apresentação da disciplina e do blog

          A idéia da construção do blog surgiu através das atividades de monitoria da disciplina de Enfermagem no Gerenciamento da Assistência II, oferecida pela Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa (EEAAC) no sétimo período do curso de Graduação e Licenciatura em Enfermagem, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
          
          A disciplina possui uma carga horária total de 60h, onde 30h são de aulas teóricas e 60h são do ensino teórico-prático, realizado em um setor de escolha do aluno, no Hospital Universitário Antônio Pedro.  
Para acompanhamento do ensino teórico-prático são utilizados alguns instrumentos para controle de freqüência, assinado pelos enfermeiros, orientações para elaboração do relatório e instrumento para a avaliação da estrutura física de acordo com a RDC nº50 da ANVISA.
Durante o período em que se desenvolvem as atividades do ensino teórico-prático, os professores e monitores estabelecem linha comunicação com os enfermeiros e alunos que orienta suas observações durante o acompanhamento. Durante o ensino teórico-prático são realizadas 03 reuniões, quais sejam: uma inicial para escolha das unidades e orientações, a segunda de avaliação do desenvolvimento e a última de avaliação final.
No final do ensino teórico-prático, cada aluno ou pequenos grupos (2 no máximo), deverão entregar um relatório com uma análise crítica referenciada sobre as atividades vivenciadas, correlacionando-as com a teoria dada em sala de aula. Este trabalho deverá ser entregue no término do ensino teórico-prático de cada grupo de estágio, conforme o rodízio programado. O trabalho deverá seguir as normas da ABNT e constará de uma cópia impressa.
  
Avaliação: A avaliação do conteúdo teórico resultará da média de duas avaliações escritas, elaboradas com questões dissertativas e objetivas, que estimulem a reflexão. Entretanto, poderá ser apresentada aos alunos a possibilidade de fazer uma avaliação, que representa uma oportunidade de resgate do conteúdo teórico e recuperação do desempenho acadêmico referente à 1ª avaliação. Assim, para a média da teoria serão consideradas as duas melhores notas. 
          A participação do aluno, durante o desenvolvimento do conteúdo teórico em sala de aula, será observada e incluída na avaliação global do processo ensino-aprendizagem. Ainda, serão consideradas para pontuação, atividades de síntese e reflexão elaboradas com conteúdos teóricos, que poderão ser somadas a nota da 2ª avaliação para formar, no todo, uma nota de 0,0 a 10,0 pontos.

O conteúdo do ensino teórico–prático será avaliado durante todo seu desenvolvimento no campo de prática, culminando com uma média da auto-avaliação e da avaliação do enfermeiro do campo de prática e do professor, que  resultará numa nota entre 0,0 e 7,0. O relatório será pontuado entre 0,0 e 3,0, cuja nota será somada a da avaliação do campo prático, formando assim uma nota única. 

Para média final da disciplina serão consideradas: a nota do ensino teórico-prático somada a nota conferida ao conteúdo teórico apresentado em sala da aula, que serão divididas por 2.

Ementa: Processo Gerencial em Saúde: recursos: materiais, financeiros, físicos e potencial humano.  Qualidade em Saúde. Política de desenvolvimento dos trabalhadores e as práticas educativas. Comportamento organizacional. 

Objetivos da disciplina:
Geral:
- Entender a dinâmica de gerenciamento do serviço de enfermagem, estabelecendo sua articulação com o desenvolvimento de competências gerenciais profissionais e organizacionais na prática de enfermagem hospitalar.

Específicos
1-Desenvolver competências organizacionais com enfoque na gestão de recursos físicos, materiais e no potencial humano do Serviço de Enfermagem.
  2-Compreender a necessidade do controle de custos na assistência em saúde e a contribuição da equipe de enfermagem.
  3-Conhecer a importância do programa de qualidade para os serviços de enfermagem.
  4-Identificar os métodos de avaliação sistemática da qualidade dos serviços prestados pela equipe de enfermagem.
  5- Reconhecer estratégias de desenvolvimento dos trabalhadores de enfermagem, notadamente, recrutamento e seleção, educação permanente e avaliação de desempenho.
  6- Distinguir os estilos de liderança vivenciados na prática gerencial, que evidenciam competências profissionais do enfermeiro.

Orientações para a construção do relatório de ETP: 

1) Será atribuída ao relatório pontuação de 0,0 a 3,0 pontos, que será somada a nota de desempenho no ETP (de 0,0 a 7,0) para construir a nota do Ensino Teórico-Prático.

2) O relatório é um trabalho que compõe a nota do ETP da disciplina, portanto, deve: ser escrito de forma impessoal, ser digitado, apresentar referências e citações bibliográficas de acordo com as normas da ABNT.

3) Nas unidades em que o ETP for desenvolvido por dois alunos, um único relatório deverá ser elaborado pelos dois.

4) Durante o ETP, as professoras poderão orientar a elaboração dos mesmos, caso os alunos solicitem.

5) A entrega do relatório deverá acontecer na reunião final de avaliação do ETP de cada grupo.

6) O relatório será construído em 3 partes:

- INTRODUÇÃO: apresenta a finalidade do relatório, como também, de modo resumido, o conteúdo do mesmo.

- DESENVOLVIMENTO: deverá ser construído em 2 tópicos:

1º) desenvolver a análise da estrutura físico-funcional da unidade na qual o ETP foi realizado, fundamentada na RDC nº 50. Nos locais de grande porte (ex: Ambulatório, Maternidade), escolher um setor para analisar, especificando no relato qual área foi escolhida.

2º) relatar uma experiência vivenciada ou observação realizada durante o ETP, que seja considerada importante na prática gerencial do enfermeiro. O aluno poderá ser orientado por uma professora sobre o tema, porém não é obrigatório. Também, é importante que haja fundamentação teórica para que essa descrição seja enriquecida com conceitos e formulações de autores da área de gerenciamento.

- CONCLUSÃO: apresenta pontos positivos e negativos do ETP e ainda, as sugestões que podem contribuir para os próximos grupos.

          A criação do blog de Gerenciamento da Assistência II tem o propósito de auxiliar os alunos e professores como uma fonte de estudo dinâmica e interativa, onde poderão ampliar seus conhecimentos, compartilhar dúvidas de forma simples, rápida e objetiva.